O governo indiano enviou uma equipa médica formada por especialistas do Instituto Nacional de Virologia, do Centro Nacional de Controlo de Doenças e do Instituto Indiano de Ciências Médicas até Eluru, estado de Andhra Pradesh, para investigar esta doença que apareceu no último sábado, causando convulsões, náuseas e dores crónicas.
Segundo um relatório divulgado na segunda-feira, a doença pode causar "uma crise epilética durante três a cinco minutos, perda de memória, ansiedade, vómito, dor de cabeça e dor nas costas".
Mais de 300 pessoas foram já internadas em hospitais, cerca de 150 na segunda-feira e dezenas de outras hoje, disseram as autoridades.
Enquanto a maioria dos pacientes conseguiu voltar para casa, em contrapartida, um homem de 45 anos morreu no domingo.
A equipa de especialistas analisou alimentos usualmente consumidos, como arroz e óleo de cozinha, além de amostras de sangue e urina, sem resultados conclusivos.
"Alguns pensam que é histeria em massa, mas não é", disse AS Ram, diretor médico do hospital governamental em Eluru, garantindo que a maioria dos internados havia evidenciado sintomas reais.
"A maioria dos pacientes chega com pequenos ferimentos na cabeça ou olhos roxos depois de desmaiar repentinamente. Mas em uma ou duas horas a maioria deles melhora", explicou, acrescentando que, "de momento, não consegue diagnosticar o que está a causar esses sintomas."
De acordo com as autoridades locais, a doença atualmente desconhecida não é contagiosa, não sendo, portanto, transmitida de pessoa para pessoa.
Um polícia, Kiran Kumar, que desmaiou na segunda-feira durante o serviço, disse ter ficado "com medo" ao ficar semi-inconsciente por mais de duas horas.
"Os meus colegas disseram-me que gritei alguma coisa antes de desmaiar. Feri-me no ombro direito quando caí na estrada", relatou o polícia.
Paralelamente, a Índia, confrontada com a pandemia covid-19, ocupa o segundo lugar no mundo em número de contaminações, com quase 10 milhões de casos.
C/Lusa