A plataforma Greve Feminista Internacional, que reúne coletivos e associações de feminismo interseccional, vai estar ‘online no canal Greve Feminista, mas também terá marcará presença em vários locais, como a praça Luís de Camões, em Lisboa, e praça do Marquês, no Porto.
"Sabemos que a crise sanitária nos impôs restrições por razões de saúde pública, mas nas nossas vidas não existe tempo, nem lugar de espera, porque as violências, discriminações e desigualdades múltiplas já existentes se multiplicaram e aprofundaram", justifica o movimento em comunicado enviado à Lusa.
A Rede 8 de Março, que junta coletivos, associações, organizações políticas, sindicatos e pessoas a nível individual, marcou uma assembleia ‘online’ com início às 18:00 e protestos na rua em Braga, Coimbra, Faro, Lisboa, Porto e, nos Açores, em Angra do Heroísmo e Ponta Delgada.
“O contexto pandémico atual, com os seus inegáveis impactos económicos e sociais, reforça a necessidade de luta feminista”, frisa o movimento no convite à participação, destacando a precariedade laboral, o desemprego e as quatro vítimas de feminicídio desde o início do ano.
De acordo com os mais recentes dados do Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE, na sigla em inglês), "a pandemia revelou o potencial de uma força de trabalho digital, mas o teletrabalho também aumentou os conflitos sobre o equilíbrio vida-trabalho, especialmente para as mulheres com filhos pequenos, até cinco anos".
O EIGE assinala também as "pesadas reduções de emprego em profissões dominadas por mulheres", como é o caso dos setores têxtil, retalho, alojamento, lares e trabalho doméstico.
Na primeira vaga de covid-19, verificou-se uma redução de 2,2 milhões de empregos para as mulheres em toda a União Europeia – com Portugal a ser o quinto país com mais perda de trabalho feminino, segundo dados do segundo trimestre de 2020.
C/Lusa