Imagens do programa de monitorização Deter da agência espacial brasileira mostraram que 312 quilómetros quadrados de floresta amazónica foram apagados no mês passado, abaixo dos 368 em março de 2021 e 327 em março de 2020.
A queda vem após dois meses de devastação recorde no bioma. No total, 941 quilómetros quadrados foram destruídos na amazónia brasileira no primeiro trimestre, algo inédito desde o início do uso do programa Deter, em 2015.
Desde que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, chegou ao poder em janeiro de 2019, o desflorestamento anual médio na amazónia brasileira aumentou mais de 75% face a década anterior.
O Governo Bolsonaro é reiteradamente acusado de favorecer a impunidade de mineiros, fazendeiros ou traficantes de madeira que promovem o desflorestamento ilegal da floresta, ao fazer cortes no orçamento de órgãos de controlo ambiental.
Apesar da queda registada no mês de março, os números deste início de ano mostram que o Brasil, pode bater novos recordes de desflorestamento do bioma em 2022.
Segundo dados divulgados em novembro pelo Prodes, outro programa do INPE, utilizado desde 1988, a destruição da maior floresta tropical do mundo atingiu 13.235 quilómetros quadrados no período de referência de agosto de 2020 a julho de 2021, marca inédito em 15 anos.