Numa carta aberta aos líderes, aos chefes de Estado e de Governo da UE, as plataformas, entre as quais se incluem as associações ambientalistas portuguesas Quercus e Zero, salientam a necessidade de ações urgentes para enfrentar as crescentes desigualdades e enfrentar a crise climática, impedir a rápida perda da biodiversidade”.
As organizações não governamentais chamam também a atenção para a necessidade de “garantir o consumo e produção sustentáveis e administrar uma transição justa rumo a um sistema económico baseado no bem-estar e na qualidade”.
Na carta, é pedido aos líderes europeus, que vão reunir-se em cimeira do Conselho Europeu nos dias 20 e 21 de junho para debater a Agenda Estratégica 2019-2024, que tornem o “desenvolvimento sustentável o objetivo global das prioridades da União Europeia, tanto dentro como fora da Europa, pelo menos nos próximos cinco anos”.
No entendimento dos líderes das mais de 30 plataformas, só haverá “uma mudança real e duradoura” se o desenvolvimento sustentável “atravessar todas as políticas da UE”.
“Vocês devem parar de olhar para a economia apenas como um meio para criar ‘prosperidade’ e ‘competitividade’ e, ao invés disso, vê-la como uma ferramenta para promover sociedades inclusivas, sustentáveis e justas que atendam às necessidades de todos, dentro dos limites do planeta, dos seus recursos preciosos e dos limites dos seus ecossistemas vitais”, é referido.
Na opinião dos ambientalistas, “tudo o que falta é vontade política”, lembrando as manifestações que têm sido feitas em várias cidades chamando a atenção para a “ação climática e extinção das espécies, direitos da mulher e justiça socioeconómica”.
“Como europeus unidos, representando dezenas de milhões de pessoas na Europa, continuaremos a elevar a nossa voz. Mas cabe a vós, enquanto líderes políticos, orientar-nos para um futuro melhor numa Europa que priorize o bem-estar das pessoas e do planeta sobre os lucros no curto prazo”, concluem.
C/Lusa