A taxa de desemprego no 1.º trimestre aumentou 0,2 pontos percentuais (p. p.) em cadeia e recuou 1,4 p.p. em termos homólogos, fixando-se nos 13,7%, segundo a estimativa hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No período, a população desempregada, estimada em 712,9 mil pessoas, registou um aumento trimestral de 2,1% e uma diminuição homóloga de 9,5% (mais 14,6 mil e menos 75,2 mil pessoas, respetivamente).
Já a população empregada foi estimada em 4.477,1 mil pessoas, o que corresponde a um decréscimo trimestral de 0,3% (menos 14,5 mil pessoas) e a um acréscimo homólogo de 1,1% (mais 50,2 mil pessoas).
Segundo o INE, o decréscimo homólogo da taxa de desemprego verificou-se tanto para os homens (2,0 p.p.) como para as mulheres (0,8 p.p.).
Por região NUTS II, no 1.º trimestre a taxa de desemprego foi superior à média nacional no Algarve (16,4%), Madeira (15,8%), Alentejo (15,5%), Açores (14,9%), Área Metropolitana de Lisboa (14,2%) e Norte (14,2%), ficando apenas a região Centro (11,1%) abaixo da média nacional.
Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desemprego aumentou no Algarve (1,5 p.p.), Alentejo (1,0 p.p.), Madeira (0,7 p.p.), Centro (0,4 p.p.) e Área Metropolitana de Lisboa (0,2 p.p.), tendo-se mantido inalterada no Norte e diminuído 0,6 p.p. nos Açores.
Já em relação ao trimestre homólogo, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões exceto no Centro (onde aumentou 0,1 p.p.), tendo os maiores decréscimos homólogos ocorrido nos Açores (3,1 p.p.), na Área Metropolitana de Lisboa (2,2 p.p.) e no Algarve (1,9 p.p.).
No 1.º trimestre de 2015, a população desempregada era constituída em 48,6% por homens e 51,4% por mulheres, sendo que 17,8% eram jovens (15 a 24 anos), 22,4% tinham entre 25 e 34 anos, 23,6% tinha idade entre 35 aos 44 anos e 36,2% tinha 45 e mais anos.
Numa análise por nível de escolaridade, verifica-se que 55,3% das pessoas no desemprego completaram, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico, 27,9% o ensino secundário e pós-secundário e 16,8% o ensino superior.
Por tipo de desemprego/setor de atividade, 10,9% de pessoas desempregadas estavam à procura de primeiro emprego e 89,1% à procura de um novo emprego, sendo que 35,5% procuravam trabalho há menos de 12 meses e 64,5% há 12 e mais meses (longa duração).
A diminuição homóloga da população desempregada ocorreu essencialmente nos segmentos dos homens (56,1 mil; 13,9%); pessoas dos 25 aos 34 anos (36,5 mil; 18,6%); pessoas com um nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico (56,0 mil; 12,4%); à procura de novo emprego (66,2 mil; 9,4%), provenientes do setor da indústria, construção, energia e água (32,3 mil; 14,6%); à procura de emprego há 12 e mais meses (41,0 mil; 8,2%).
Segundo o INE, a taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 58,5%, o mesmo nível do trimestre anterior e inferior em 0,2 p.p. ao trimestre homólogo.
Os resultados do Inquérito ao Emprego relativos ao 1.º trimestre de 2015 estimam uma população ativa de 5.190,0 mil pessoas, "praticamente inalterada" em relação ao trimestre anterior e inferior em 0,5% em relação ao trimestre homólogo de 2014 (25,0 mil).
A taxa de atividade da população em idade ativa (15 e mais anos) situou-se em 58,5%, tendo-se mantido inalterada em relação ao trimestre anterior e diminuído 0,2 p.p. em relação ao trimestre homólogo.
Já a taxa de emprego (15 e mais anos) situou-se em 50,5%, tendo diminuído 0,1 p.p. em relação ao trimestre anterior e aumentado 0,7 p.p. face ao trimestre homólogo.
A população inativa diminuiu 0,3% em relação ao trimestre anterior (13,3 mil) e 0,5% em relação ao trimestre homólogo (26,5 mil), situando-se a taxa de inatividade (15 e mais anos) em 41,5%, a mesma do trimestre anterior e mais 0,2 p.p. em relação ao trimestre homólogo.