"Houve uma consolidação dessa tendência e uma descida muito significativa e expressiva da incidência. Há uma incidência de 322 casos por 100 mil habitantes e uma variação semanal de descida muito acentuada. Há zonas do território com incidências ainda particularmente altas, como Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Centro, entre 480 e 960 casos por 100 mil habitantes, mas já há vastas áreas do território com uma incidência inferior a 240 casos por 100 mil habitantes", frisou.
Em termos etários, André Peralta Santos notou que se mantém "a tendência de descida de todos os grupos etários", sendo que a faixa da população com 80 ou mais anos é ainda "o grupo com maior incidência neste momento", apesar de ser "mais reduzida e com níveis de incidência ao nível de novembro".
Já sobre a vertente de hospitalizações em enfermaria e em cuidados intensivos "há também uma consolidação da descida", embora mais lenta nas unidades de cuidados intensivos. O perito da DGS centrou então a análise nas regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo, ressalvando o melhor desempenho nesta terceira vaga no Norte, com uma mortalidade inferior aos números nacionais, ao contrário da região da capital.
André Peralta Santos exibiu um quadro com os números da dispersão geográfica da variante do SARS-CoV-2 identificada no Reino Unido, apresentando estimativas distintas de prevalência nas diferentes regiões: Norte, com 34,2%; Centro, com 32,2%; Lisboa e Vale do Tejo, com 56,6%; Alentejo, com 67,6%; e Algarve, com 40%, embora se registassem igualmente diversos intervalos de confiança para estas projeções.
Em Portugal, morreram 16.023 pessoas dos 798.074 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.