No total, há 54.036 vagas em 1.108 cursos para os alunos que queiram candidatar-se na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público, que arranca em 24 de julho ainda com as regras definidas no início da pandemia.
Em relação ao ano passado há um ligeiro aumento de vagas, destacando-se o caso dos cursos de licenciatura em Educação Básica, que cresce 12%, segundo o Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).
A necessidade de atrair mais jovens para a carreira docente tem sido apontada como urgente para colmatar a falta de professores que tem vindo a agravar-se nos últimos anos nas escolas.
Um estudo realizado no ano passado pelo portal de dados estatísticos Pordata, que cruzava as previsões de aposentações de docentes com o número de novos diplomados nos cursos de formação docente, revelou que em 2025 haveria 250 mil alunos sem professores, se até lá nada fosse feito.
Nos últimos anos, as instituições de ensino superior começaram a aumentar ligeiramente as vagas dos cursos para quem quer ser professor e este ano, segundo o MCTES, há um aumento de 100 vagas.
O MCTES revela ainda que também aumentou ligeiramente o número de vagas dos cursos que concentram os melhores alunos: Os 42 cursos com médias de acesso mais altas terão mais 82 vagas, num total de 5.006 vagas.
Este é um aumento de pouco mais de 1%, muito abaixo do que tem sido defendido nos últimos anos pela tutela que tem sugerido um aumento até 10%, uma vez que anualmente ficam de fora muito bons alunos por uma questão de décimas ou centésimas.
Um dos exemplos é o caso de Medicina, que este ano poderia ter aumentado as vagas em 10% mas a maioria das instituições manteve a mesma oferta. No total, vão abrir mais sete vagas, subindo para 1.541 lugares.
Medicina é outra das áreas em que tem vindo a ser reclamado um aumento de profissionais.
Os dados divulgados este fim de semana apresentam também mais vagas em ciclos de estudos que visam a formação em competências digitais, agora com 9.127 lugares (aumento de 2% em relação ao ano passado, que é menos do que os 3,6% do ano anterior).
Foram ainda fixadas 8.990 vagas em formações com apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para reforçar a formação superior inicial e o aumento do número de graduados nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.
Este ano, a fixação das vagas é conhecida mais cedo assim como a colocação dos alunos, para que as aulas possam começar praticamente em simultâneo para todos os novos estudantes, evitando “a perda de cerca de três semanas de aulas para os estudantes colocados na 2.ª fase e cerca de seis semanas de aulas para estudantes colocados na 3.ª fase”, sublinha o MCTES.
Para além das vagas agora fixadas, as instituições terão outras 24.917 vagas disponíveis para fixar nos regimes especiais e concursos especiais de acesso.
Lusa