“A instabilidade que atualmente se vive na TAP não é positiva nem para a empresa nem para o país, nem, muito menos, para a região, sobretudo se atendermos ao papel que esta companhia pode e deve assumir na nossa recuperação económica, concretamente pela via do turismo interno”, diz o parlamentar social-democrata eleito pela Madeira, numa nota de imprensa divulgada.
Paulo Neves censura a situação de “instabilidade que se vive na companhia aérea” e faz um apelo para que “o Governo da República acabe, rapidamente, com esta indefinição e garanta que a TAP cumpra a sua função, também a favor da Madeira”, algo que considera “essencial” na atual situação de pandemia da Covid-19.
“A TAP tem uma importância fundamental para a região, desde logo devido ao princípio da continuidade territorial, que é assegurado por esta companhia aérea”, além das “ligações aéreas às comunidades espalhadas pelo mundo – especialmente as da Venezuela e África do Sul – e, naturalmente, na procura dos portugueses do continente pelo destino” Madeira, salienta.
No seu entender, no atual “enquadramento”, é também “incompreensível a passividade do Estado em traçar orientações para o futuro da empresa, garantindo que a mesma cumpra, com estabilidade, o seu papel”.
“Tanto mais quando a TAP é a segunda maior empresa exportadora nacional e tem uma importância geoestratégica para Portugal que precisa de ser acautelada”, acrescenta.
Paulo Neves recorda que os três deputados do PSD/Madeira eleitos à Assembleia da República “têm insistido junto do Governo da República para que rapidamente se defina o futuro da companhia”.
O deputado lembra também “os esforços que têm sido desenvolvidos pelo PSD para que o novo modelo de subsídio de mobilidade, já aprovado em julho do ano passado na Assembleia da República, venha ser implementado”.
A TAP publicou hoje o seu plano de voo para os próximos dois meses, que implica 27 ligações semanais em junho e 247 em julho, sendo a maioria de Lisboa, de acordo com dados divulgados pela companhia aérea.
Em Portugal, as ligações entre Lisboa e a Madeira passarão a ser diárias.