“Se já alcançámos tantos progressos, o objetivo da solidariedade ainda é válido e vou até mais longe: é mais válido do que nunca. Esta solidariedade foi posta à prova no início da atual pandemia, mas a crise [também] nos mostrou que virarmo-nos para dentro não é a solução”, declara a líder do executivo comunitário, numa declaração emitida a propósito do Dia da Europa, que hoje se assinala.
Admitindo falhas iniciais na solidariedade europeia, nomeadamente quando a pandemia se intensificou em Itália, Ursula von der Leyen salienta que, “a seguir”, os países europeus começaram a “ajudar-se mutuamente”.
“Vimos paramédicos da Polónia e médicos da Roménia a salvar vidas em Itália., vimos hospitais da Chéquia a tratar os doentes da França e vimos doentes de Itália a ser levados de avião para clínicas na Alemanha. Ou o Luxemburgo a entregar equipamento médico a Espanha. E esta solidariedade tem de continuar”, apela a responsável.
Vincando que esta solidariedade “não é um dado adquirido exige esforço e compromisso de todos”, Ursula von der Leyen adiantou que “só é possível derrotar este vírus se os países assumirem a responsabilidade uns pelos outros e se trabalharem em conjunto para encontrar uma vacina”.
O Dia da Europa, que assinala os 70 anos da “Declaração Schuman”, é celebrado hoje maioritariamente ‘online’, face à pandemia do novo Coronavírus, em cerimónias e conferências quer ao mais alto nível quer em iniciativas nacionais e regionais.
O Dia da Europa assinala o aniversário da histórica "Declaração Schuman", um discurso proferido em Paris, em 09 de maio de 1950, por Robert Schuman, o então ministro dos Negócios Estrangeiros francês, que expôs a sua visão de uma nova forma de cooperação política na Europa.
A sua visão passava pela criação de uma instituição europeia encarregada de gerir em comum a produção do carvão e do aço.
Menos de um ano mais tarde, era assinado um tratado que criava uma entidade com essas funções.
Considera-se que a UE atual teve início com a proposta de Schuman.
A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou cerca de 271 mil mortos e infetou quase 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
C/Lusa