“Só no mês de março deste ano, tivemos um acréscimo de cerca de 50% de situações de violência doméstica [do verificado] em igual período do ano de 2019”, afirmou o militar, que falava no Ministério da Administração Interna numa conferência de imprensa conjunta com a PSP para divulgar a operação de fiscalização de cumprimento das normas do estado de emergência “Páscoa em Casa”, em que ambas as forças vão vigiar de perto eventuais agressões a vítimas de violência doméstica que possam estar confinadas em casa com os seus agressores.
Vítor Rodrigues considerou que este aumento “normal não é”, mas declarou: “Com as condições que temos era mais ou menos inevitável que assim fosse”, aludindo às restrições de mobilidade e obrigação de confinamento que fazem parte do estado de emergência por causa da pandemia da covid-19.
Quer a GNR quer a PSP vão dedicar atenção a este tipo de situações, mantendo "contacto direto" com pessoas que já tenham sido vítimas de violência doméstica, referiu o superintendente Luís Elias, da PSP.
Portugal, onde os primeiros casos de covid-19 confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
C/Lusa