Em conferência de imprensa na sede nacional do PSD, em Lisboa – a primeira presencial desde a pandemia de Covid-19 -, o presidente do PSD, Rui Rio, anunciou que estes são 26 contributos do partido, que o Governo "pode ou não aproveitar", para o Programa de Estabilização Económica e Social que está a preparar.
"Não estamos a dizer ao Governo que entendemos que devia ser tudo feito, isto são ideias para, no quadro do que for a resposta que o entender adequada na vertente social, aproveitar o que for mais ou menos acomodável", disse, explicando que, por essa razão, o partido não fez uma avaliação de custos deste ?pacote’ de medidas, até porque muitas delas "não custam nada".
Por exemplo, uma das propostas do PSD é que o Governo seja mais célere a pagar os subsídios sociais e a reembolsar o IRS, que "não custa nada", segundo Rui Rio.
"Muitas vezes temos a sensação que o Estado é um pouco dorminhoco, não é célere. Achamos que não há tempo para um Estado dorminhoco", defendeu o Vice-Presidente da bancada Adão Silva, numa conferência de imprensa onde também esteve presente a deputada Clara Marques Mendes.
Prolongar o ‘lay-off’ simplificado até ao final do ano – sobretudo nos setores ainda fechados por determinação do Estado -, reafetar recursos da administração pública para setores onde são mais necessários, como a saúde e a segurança social, ou garantir o pagamento das dívidas do Estado ao setor social são outras das propostas do PSD, elaboradas pelo grupo parlamentar, com apoio do Conselho Estratégico Nacional.
Os sociais-democratas defendem ainda uma "atualização extraordinária" da comparticipação financeira da Segurança Social para o setor solidário e social, lembrando que com o aumento do salário mínimo dos seus funcionários ‘sobrou’ menos dinheiro para a atuação no terreno.
Reduzir os prazos para aceder aos subsídios de desemprego e de cessação de atividade e criar um subsídio "excecional e transitório" de resposta a necessidades das famílias criadas com a atual crise (para pagamento de rendas ou aquisição de computadores para fins educativo, por exemplo) são outras das propostas do PSD, que pede ainda uma atitude de "prevenção" em relação às pessoas sem-abrigo.