“Sim, Portugal vai fazer estudos serológicos para saber qual a proporção da sua população que adquiriu imunidade a este vírus”, disse Graça Freitas na conferência de imprensa.
A diretora-geral da Saúde avançou que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, juntamente com outros países, vai avançar para testes de imunidade, estando a ser estudado “como é que esses testes podem ser feitos e quando é a altura ideal”.
“A imunidade é uma coisa que leva tempo a instalar-se, ou seja, entre a data de infeção e a data em que o nosso corpo começa a produzir anticorpos visíveis há um tempo que temos de esperar. Parece que foi há muito tempo, mas a doença em Portugal começou há cerca de um mês”, disse, sublinhando que a maior parte dos doentes portugueses ainda está em fase de recuperação.
Graça Freitas explicou que o Instituto Ricardo Jorge, em colaboração com os cientistas, académicos e DGS, vai entrar numa fase piloto com outros países, para se perceber o que se está a passar.
“Vamos ter de perceber qual é a altura ideal para fazer o teste, porque, se for demasiado precoce, pode ainda não haver anticorpos e, portanto, temos de encontrar aqui a data ideal”, afirmou, frisando que a metodologia e a data em que os estudos vão ser realizados “estão agora a ser equacionados pela comunidade cientifica internacional”.
Graça Freitas disse também que provavelmente os estudos vão ter de ser repetidos, “para se ver a duração da imunidade”.
“Não basta testar uma vez, é preciso saber se essa imunidade é duradoura ou não. O histórico deste vírus é muito curto, temos de aguardar que o tempo passe para sabermos mais coisas”, precisou.