"Estamos a viver uma situação de exceção e de emergência. Em primeiro lugar está a saúde pública e os esforços de contenção da epidemia e, nesse sentido, confiamos plenamente nas recomendações das entidades do setor, mas não tenhamos, contudo, qualquer dúvida de que estas medidas de contenção excecionais também vão ter um efeito perverso na atividade. Já está a ter", afirmou António Jardim Fernandes.
O dirigente da área do Turismo da ACIF adiantou à Lusa que o arquipélago tem "quebras muito significativas" até abril, acrescentando: “As companhias aéreas sofrem reduções da ordem dos 50%, a hotelaria nacional sofre reduções de 40% e a Madeira, com reservas estagnadas, não anda muito longe dos 40%".
António Jardim Fernandes realçou que, no denominado turismo de cidade – de negócio e eventos -, a situação é "muito mais adversa com taxas que andam à volta dos 90%".
Por isso, defende medidas para “manter viva a tesouraria das unidades hoteleiras e da restauração”.
"Temos de dar capacidade de tesouraria para resistir a esta fase que sabemos que vamos passar e que esperamos que não seja muita longa", concluiu.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados já ultrapassa as 125.000 pessoas, registando-se casos em cerca de 120 países e territórios.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados.
C/Lusa