No primeiro debate mensal desta legislatura na Assembleia Legislativa, subordinado ao tema "A situação epidemiológica da Região Autónoma da Madeira (RAM)", coube ao presidente do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, abrir a discussão, questionando o Governo Regional "sobre a capacidade do Serviço Regional de Saúde para enfrentar" o surto da pandemia, cujos casos têm vindo a aumentar desde que os aeroportos foram reabertos.
Paulo Cafôfo quis saber qual a capacidade máxima instalada do Serviço Regional de Saúde, se o Governo vai recorrer ao setor privado e se irá contratar mais médicos e enfermeiros.
O deputado socialista perguntou ainda qual era a estratégia do Governo Regional para "garantir a recuperação de atos médicos" suspensos devido às medidas de prevenção relativamente à pandemia.
"Porque razão esconde o Governo estes dados?", perguntou.
O líder parlamentar do JPP no parlamento madeirense, Élvio Sousa, indagou o Governo Regional por que razão não dialogava "previamente" com os partidos da oposição acerca das medidas de prevenção "como acontece com o Governo da República".
"O bom senso forma-se com diálogo e concertação", observou, lamentando que o Governo Regional não tenha ainda emitido um relatório sobre o impacto da epidemia no arquipélago.
O deputado único do PCP Ricardo Lume considerou que a estratégia do Governo Regional na defesa dos postos de trabalho "não está a resultar" porque "o número de desempregados anda muito perto dos 25 mil".
Por seu lado, a deputada do PSD Rubina Leal elencou as medidas tomadas pelo Governo Regional desde 03 de fevereiro, preventivas, sanitárias, sociais e económicas para combater a epidemia, tendo perguntado "qual o valor efetivo investido pelo Governo para prevenir esta contaminação".
O seu colega de bancada Carlos Rodrigues observou que "basta que o Governo Regional não faça o que está a ser feito a nível nacional para estar no bom caminho".
O líder parlamentar social-democrata Jaime Filipe Ramos lamentou que a oposição não tenha reconhecido "uma única medida do Governo Regional em defesa da população".
O líder parlamentar do CDS, Lopes da Fonseca, sublinhou que o Governo Regional "teve razão antes do tempo" na sua estratégia de zelar pela segurança da sua população, "tendo inclusivamente lançado medidas pioneiras como o uso da máscara e os centros de rastreio nos aeroportos a expensas do orçamente regional".
"Foram muitos milhões de euros sem a solidariedade do Governo da República", referiu, lamentando também que a oposição não tenha reconhecido o trabalho do Governo Regional.
C/Lusa