“Os efeitos da pandemia provocada pela doença Covid-19 estarão refletidos nos significativos aumentos de subsídios por doença processados em abril de 2020, um total de 200.750 subsídios, que corresponde a um acréscimo mensal de 26% (mais 41.398 pessoas)”, indica a síntese estatística elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Já a série longa publicada no site da Segurança Social, iniciada em janeiro de 2001, mostra que o número de beneficiários das baixas por doença em abril é o mais alto em todo o registo.
“Estes totais englobam, além das baixas por contágio pelo vírus, o subsídio por isolamento profilático por Covid, que foi agrupado com o subsídio por tuberculose, por partilharem condições de atribuição idênticas”, explica o GEP.
No caso do grupo "tuberculose e isolamento profilático por Covid” o aumento foi de 418 beneficiários em março para 27.011, enquanto no grupo "outras doenças", o aumento foi de 21%.
Do total de 200.750 beneficiários, 115.104 são do sexo feminino (57,3% do total), o que representa um aumento mensal de 19,6% e de 37,6% face ao período homólogo.
O sexo masculino contabiliza 85.646 beneficiários (42,7% do total), registando um aumento de 35,7% face a março e uma subida homóloga de 54,4%.
Os dados da Segurança Social mostram ainda que em abril foram processadas 2.055.957 pensões de velhice, mais 3.234 do que em março do mesmo ano, representando uma subida de 0,2%.
Face ao período homólogo, houve um aumento de 1,2%, sendo atribuídas mais 24.906 pensões de velhice, com as mulheres a representarem 52,8% do total.
Já o número de pensões de invalidez caiu 0,3% em relação ao mês anterior para 188.172, mas revelando um aumento de 4,5% em termos homólogos.
Foram ainda contabilizadas 715.386 pensões de sobrevivência, mais 0,2% face a março e 1,7% comparativamente ao mesmo mês do ano anterior.