O Ministério da Saúde italiano informou igualmente que foram notificados nas últimas 24 horas 580 óbitos relacionados com a doença covid-19, o que faz o número total de mortes registadas no país desde fevereiro subir para 42.330.
Com o país quase a atingir a fasquia de um milhão de infetados identificados desde o início da pandemia, as autoridades apontam que existem 590.110 casos atualmente ativos em Itália.
As autoridades italianas indicaram ainda que no período em análise foram realizados 217.758 testes de diagnóstico, um aumento de cerca de 70 mil quando comparado com o dia anterior.
A região que regista mais novos casos de infeção pelo novo coronavírus é a Lombardia (norte), o epicentro da pandemia no território italiano desde o início da crise sanitária, que ultrapassou nas últimas 24 horas a barreira de 10.000 novas infeções (10.955).
Na segunda posição surge Piemonte (norte), com 3.659 novos casos.
Várias regiões do país registaram mais de 2.000 novos casos nas últimas 24 horas.
O presidente do Instituto Superior de Saúde (ISS) de Itália, Silvio Brusaferro, afirmou hoje que a pandemia do novo coronavírus continua a crescer no país e que “quatro regiões apresentam alto risco de contágio" e nas quais "é conveniente antecipar medidas mais restritivas”.
O representante não identificou as regiões, mas os ‘media’ italianos estão a avançar que são Campânia, Veneto, Emilia-Romagna e Friuli-Venezia Giulia.
“O aumento de internamentos em unidades de cuidados intensivos e em hospitais mostra uma curva que cresce rapidamente em direção a níveis críticos. Os últimos números mostram um crescimento significativo em toda a Itália, apesar das diferenças significativas entre as regiões”, reforçou Brusaferro.
Desde a passada sexta-feira, as regiões italianas estão divididas em três zonas – amarela, laranja e vermelha – que são definidas com base no nível de risco da pandemia. Em função da cor, são definidas as medidas restritivas a aplicar.
Está em vigor no país um recolher noturno obrigatório e várias atividades estão encerradas, como cinemas, teatros, museus, piscinas, ginásios e salas de espetáculos, para tentar travar a progressão da atual segunda vaga da doença covid-19.
A pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 1.263.890 mortos em mais de 50,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
C/Lusa