O número de óbitos representa um forte aumento em relação aos 550 que foram confirmados diariamente nos últimos tempos e eleva o total de vítimas mortais para 46.464.
Os novos contágios são muito superiores aos 27.000 de segunda-feira – embora os números de segunda-feira sejam geralmente mais baixos devido ao menor número de exames realizados ao domingo -, e elevam o total para 1.238.072 pessoas que já foram infetadas no país desde o início da pandemia no país, em meados de fevereiro.
No último dia foram realizados mais de 208.000 exames e o índice de positividade é de 15,47%, inferior aos quase 18% de segunda-feira.
Atualmente, existem 733.810 pessoas infetadas com covid-19 em Itália e, embora a grande maioria esteja isolada em casa com poucos sintomas ou sem eles, a pressão nos hospitais continua a aumentar.
Um total de 33.074 pessoas estão hospitalizadas (mais 658 do que segunda-feira) e 3.612 estão internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (mais 120).
As regiões com maior número de novos casos continuam a ser a Lombardia, com 8.448 casos nas últimas 24 horas, Véneto (3.124), Campânia (3.019) e Piemonte (2.606).
O presidente do Instituto Superior de Saúde, Silvio Brusaferro, expressou o seu desejo de que as últimas restrições adotadas no país surtam efeito nos próximos dias e apelou à responsabilidade civil para salvar as festas de Natal.
Por sua vez, o chefe de Estado, Sergio Mattarella, pediu hoje às restantes instituições italianas colaboração para que persista a defesa da “liberdade, justiça e coesão social” nos novos tempos impostos pela pandemia.
Para conter o vírus, o Governo decretou recolher obrigatório nacional entre as 22:00 e as 05:00 locais, restringiu os horários da restauração e encerrou cinemas, teatros, ginásios ou piscinas – em princípio até 03 de dezembro.
Além disso, impôs também um sistema de três níveis de restrições a nível regional – vermelho, laranja e amarelo – para impor limitações mais severas nos territórios mais afetados e evitar o encerramento total do país, que penalizaria os menos afetados.
As regiões “vermelhas” estão praticamente em confinamento, menos severo do que o imposto na primavera. Existem atualmente sete regiões nesse nível: Lombardia, Piemonte, Vale de Aosta, Toscana, Trentino-Alto Adige, Campânia e Calábria (esta última devido ao precário sistema hospitalar).
Além disso, a região de Abruzzo juntou-se voluntariamente à classificação de “zona vermelha” e entra na quarta-feira em confinamento ‘soft’.