O número de óbitos em lares de idosos e centros de dependência é atualizado duas vezes por semana, às terças e sextas-feiras, e o último registo, divulgado na sexta-feira pela Agência de Saúde Pública, aponta para 346 mortes.
No portal eletrónico da entidade de saúde pública francesa, a informação é de que nos últimos sete dias ocorreram 8.736 internamentos hospitalares por complicações provadas pela infeção da Covid-19, dos quais 1.152 pessoas tiveram de ser encaminhadas para unidades de cuidados intensivos.
Os dados oficiais indicam ainda que a taxa de casos positivos no número total de testes realizados continua a diminuir, com menos três décimos num dia, para 5,6%.
As autoridades de saúde francesas têm 2.523 focos de contágio sob investigação, um número verificado em 14 de dezembro, verificando-se que 956 foram localizados em lares de idosos e centros de dependência.
Na sexta-feira, França ultrapassou a fasquia dos 60 mil mortos desde início da pandemia, com 264 mortos devido ao vírus nas últimas 24 horas desse dia, em que foram registados 15.674 novos casos de Covid-19.
O presidente do Conselho Científico, Jean-François Delfraissy, que ajuda nas tomadas de decisão do Presidente da República, afirmou, na sexta-feira, que a vacinação em França para as pessoas mais frágeis deve prolongar-se até maio, em vez de ficar logo concluída no início do ano, tal como tinha indicado o Governo.
O segundo confinamento em França, iniciado em 30 de outubro, foi levantado na terça-feira e acabou por ser transformado num recolher obrigatório, que vigora entre as 20:00 e as 06:00 locais.
Na quarta-feira, no parlamento, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou que a campanha de vacinação em França, se se cumprirem todas as condições, vai começar na última semana deste mês, com a primeira fase a prolongar-se por seis a oito semanas, estimando-se que seja possível vacinar um milhão de pessoas, na grande maioria idosas.
Castex falava na Assembleia Nacional francesa tendo ao seu lado o ministro da Saúde, Olivier Veran, para tentar ultrapassar as reticências de parte significativa da população em relação à eficácia das vacinas.
A segunda fase, prosseguiu, será desenvolvida em função da capacidade de armazenamento das vacinas, uma vez que se espera vacinar cerca de 14 milhões de franceses considerados vulneráveis por razões de saúde ou por antecedentes médicos e ainda todos os profissionais de saúde.
“No final da primavera, abriremos a vacinação ao conjunto da população”, disse Castex, recordando que, dentro das compras conjuntas realizadas pela União Europeia (UE), a França, com uma população de cerca de 67 milhões de habitantes, deverá receber 1,16 milhões de vacinas antes do final do ano.
Segundo Castex, em 05 ou 06 de janeiro, a França deverá receber outras 677.000 doses suplementares e, em fevereiro, mais 1.6 milhões.