De acordo com o Ministério da Saúde, a presença da variante do vírus foi confirmada na quarta-feira num homem que regressou de uma estadia na África do Sul e que reside no leste da França, perto da fronteira com a Suíça.
O homem, que desenvolveu sintomas associados à doença, foi testado na Suíça e, com o teste positivo, foi feita uma análise da sequência do vírus, que confirmou a variante 501.V2, identificada em primeiro lugar na África do Sul e que é a responsável pela maioria dos novos casos neste país africano, o mais afetado pela pandemia no continente.
A pessoa em causa, que já está agora curada, "isolou-se imediatamente em casa assim que os sintomas apareceram e não foram identificados contactos de risco", disse o ministério da Saúde francês num comunicado citado pela AFP.
Um primeiro caso da variante identificada no Reino Unido este mês foi confirmado em França a 25 de dezembro, em Tours, no centro do país, num francês que tinha chegado de Londres alguns dias antes.
As autoridades sanitárias garantem estar "mobilizadas para identificar cada paciente contaminado o mais cedo possível para isolá-los, isolar os seus contactos e testá-los, e assim evitar a propagação das variantes da SRA-CoV-2 no território nacional".
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (CEPCD) alertou esta semana para o risco "elevado" destas variantes imprimirem pressão nos sistemas de saúde e serem uma causa de morte mais elevada devido à sua maior contagiosidade.
Para cada pessoa que regresse do Reino Unido ou da África do Sul com resultados positivos no teste à Covid-19, as amostras devem ser sequenciadas para confirmar a eventual presença de uma variante do vírus, de acordo com os peritos.