“Este deverá ser o último estado de emergência e estará ativo até ao final do desconfinamento”, que deve durar até fim de junho, afirmou durante um discurso transmitido na televisão.
O estado de emergência em Espanha já foi prolongado quatro vezes, sendo que o atual deveria terminar em 24 de maio.
Decretado em 14 de março, esta exceção à normalidade permitiu ao Governo recuperar o controlo de poderes num país altamente descentralizado e limitar a circulação de pessoas, tendo sido considerado um dos mais rigorosos confinamentos do mundo.
Esta quinta extensão do prazo terá de ser aprovada pelo congresso dos deputados, onde o partido do Governo está em minoria e onde a oposição de direita recusou votar o prolongamento anterior.
A Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia da covid-19 no mundo, com mais de 27.000 mortes, lançou na segunda-feira passada o levantamento progressivo das restrições associadas ao coronavírus em metade do país.
Com o acordo dado pelo Governo para aliviar as restrições em novas províncias na próxima segunda-feira, cerca de 70% dos espanhóis terão iniciado o desconfinamento na próxima semana.
A primeira fase do processo prevê, em particular, a reabertura das esplanadas de bares e restaurantes, bem como a autorização de reuniões familiares ou de amigos até 10 pessoas.
A região de Madrid, assim como grande parte da região de Castela e Leão e a cidade de Barcelona vão ser mantidas sob confinamento, embora mais flexível, podendo as pequenas lojas e serviços de comércio começar a retomar a atividade.
Sanchez voltou a pedir aos espanhóis que encarem o desconfinamento “com a maior cautela”, sublinhando que “o risco ainda existe” e que “o vírus não se foi embora, [pelo que] a sua ameaça é real”.
Segundo o relatório do Ministério espanhol da Saúde, hoje publicado, o país registou 102 mortes em 24 horas causadas pela covid-19, o número mais baixo dos últimos dois meses, mas que eleva o total de vítimas mortais para 27.563.
Foram registados 539 novos casos de infetados pelo novo coronavírus, um número bastante próximo do contabilizado na sexta-feira (549 casos).
Desde que foi detetada na China, em dezembro passado, a pandemia da covid-19 já provocou mais de 304 mil mortos e infetou perto de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP.
C/Lusa