As autoridades sanitárias também contabilizaram mais 239 mortes atribuídas à covid-19, passando o total de óbitos para 35.878.
Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas 2.296 pessoas, das quais 492 na Catalunha, 404 na Andaluzia, e 265 em Madrid.
Em todo o país há 18.162 pessoas hospitalizadas com a doença, das quais 2.483 pacientes em unidades de cuidados intensivos, 27% das camas desse serviço.
O nível de incidência acumulada em Espanha subiu hoje para 485 casos diagnosticados por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, sendo as regiões com os níveis mais elevados a de Navarra (1.188), Melilla (1.276), Aragão (1.030), Castela e Leão (761), Rioja (746), Ceuta (734), Catalunha (700) e País Basco (594).
A polícia está em força nas estradas espanholas para impedir deslocações desnecessárias entre comunidades autónomas e municípios.
A maior parte das regiões espanholas, que têm autonomia em matéria de política de saúde, decidiu confinar os seus territórios ao nível de toda a comunidade autónoma e em muitos casos ao nível dos municípios, autorizando deslocações apenas em casos de necessidade (trabalho e saúde, entre outros).
O parlamento espanhol aprovou na quinta-feira a prorrogação do estado de emergência para lutar contra a pandemia de covid-19 durante seis meses, até 09 de maio de 2021.
A medida, que já está em vigor desde o último domingo para tentar contrariar a progressão da pandemia em Espanha, estabelece o recolher obrigatório, menos nas Canárias, das 23:00 às 06:00, podendo cada uma das comunidades autónomas adiantar ou atrasar a hora de início em uma hora.
O estado de exceção também outorga a cada uma das regiões espanholas os instrumentos jurídicos necessários para decidir medidas como o confinamento obrigatório, sem necessitar da autorização da justiça.
O Governo regional de Madrid decidiu confinar a população da região apenas nos próximos dois fins de semana, que são prolongados, até segunda-feira, devido a terem dois feriados.
O Ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, é da opinião de que, com as medidas tomadas pelas comunidades autónomas, para "estabilizar, reduzir e manter baixa" a curva de infeções de covid-19, não será necessário estabelecer um confinamento em casa, como foi o caso durante a primavera.
"Com as medidas tomadas hoje, não vamos ver o seu efeito amanhã, mas sim dentro de alguns dias", salientou hoje Illa, acrescentando que, com os instrumentos de avaliação da situação estabelecidos, os governos regionais receberam "um quadro de estabilidade e certeza" para a tomada de decisões durante os próximos seis meses.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.468 em Portugal.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (46.229 mortos, mais de 989 mil casos), seguindo-se Itália (38.321 mortos, mais de 647 mil casos), França (36.020 mortos, mais de um 1,1 milhões de casos), Espanha (35.878 mortos, quase 1,2 milhões de casos).
C/Lusa