Numa declaração hoje publicada a propósito do Dia Mundial do Dador de Sangue, que se assinala no domingo, a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, aproveita a ocasião para “prestar homenagem a todos os que doam sangue e plasma sanguíneo”, expressando também a sua “gratidão às pessoas que salvam vidas desta forma”.
“Este ano, ao continuarmos a luta contra a pandemia de covid-19, as vossas doações são mais necessárias do que nunca”, frisa a responsável europeia.
Numa altura em que os sistemas de saúde da União Europeia (UE) retomam a sua atividade normal, ao mesmo tempo que lidam com o novo coronavírus, Stella Kyriakides vinca serem “necessárias novas doações de sangue para garantir que as cirurgias podem prosseguir”.
Especificamente no que toca à luta contra a covid-19, são também “precisas novas doações de plasma sanguíneo”, aponta a comissária europeia, destacando o “papel ativo” que estas dádivas podem desempenhar para reagir ao novo coronavírus.
Isto porque “os hospitais e os serviços de sangue em toda a UE estão a utilizar ou a testar o plasma doado por pacientes recuperados de covid-19 para aumentar a capacidade dos novos doentes para combater o vírus”, acrescenta.
Acresce que também algumas empresas farmacêuticas “estão a desenvolver novos medicamentos a partir deste plasma”, assinala a responsável.
Na declaração, Stella Kyriakides recorda ainda que, desde o início do surto e até agora, as autoridades de saúde foram fazendo vários apelos à doação de sangue.
“Tem sido reconfortante verificar que, apesar de todas as dificuldades, a disponibilidade dos cidadãos da UE para doar tem ajudado a manter os níveis globais de abastecimento de sangue”, adianta a responsável europeia, falando numa “solidariedade que dá orgulho”.
Em média, as entidades de saúde da UE recorrem a cerca de 25 milhões de transfusões anuais de sangue para utilizar em situações como cirurgias.
Além disso, perto de oito milhões de litros de plasma sanguíneo doado são utilizados para criar medicamentos para doenças como a hemofilia ou para ajudar pessoas com imunodeficiências.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 426 mil mortos e infetou mais de 7,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Em Portugal, morreram 1.512 pessoas das 36.463 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
C/Lusa