O aumento do número de novos contágios ocorre depois de terem sido efetuados mais de 112 mil testes de diagnóstico, valor elevado e em linha com os realizados nos últimos dias.
Nas últimas 24 horas, Itália contabilizou também mais 41 mortes, número a que não se assistia desde meados de junho, o que eleva o total acumulado de óbitos para 36.246
Desde que detetou os primeiros casos do novo coronavírus, a 21 de fevereiro, Itália contabilizou 365.467 casos de infeção.
Entretanto, o Governo italiano aprovou hoje um novo decreto para incluir novas restrições, medida destinada a travar a propagação dos contágios, que têm disparado nos últimos dias.
Entre as novas regras está o encerramento, antes da meia-noite, de estabelecimentos públicos, como bares e restaurantes, ou às 21:00 no caso de não disporem de serviço de atendimento às mesas, com o objetivo de evitar aglomerações de pessoas que bebem nas ruas.
Também ficam proibidos os jogos desportivos entre amigos, como futebol ou basquetebol, bem como realizar festas privadas em lugares públicos e em discotecas ao ar livre ou no interior e as excursões escolares.
O decreto visa também limitar os contágios nos núcleos familiares, origem de cerca de 70% das infeções.
As festas de casamento ou de batizado podem, contudo, prosseguir, mas apenas desde que contem com menos de 30 participantes. Recomenda-se, também, convidar para casa um máximo de seis pessoas.
Nesse sentido, Conte pediu hoje à população para que respeite as normas de segurança sanitária para travar o avanço da pandemia.
“As novas regras supõem sacrifícios, mas estamos convencidos que, respeitando-as, poderemos enfrentar esta fase de forma adequada. O nosso objetivo é muito claro: evitar um confinamento generalizado no país”, advertiu.
O primeiro-ministro italiano assinalou que, após o confinamento da primavera passada, a economia começa agora a dar sinais positivos e avisou que, para que continue a crescer e se garanta a saúde, “é necessário respeitar as novas restrições”.
Conte criticou, por outro lado, as acusações de quem suspeita de as novas medidas representarem uma tentativa para controlar a vida privada dos italianos e assegurou que a polícia não será enviada para controlar as casas.
“Não se enviará a polícia às casas para controlar se se fazem ou não festas ou grandes banquetes. Devemos proteger a esfera privada da vida, mas é preciso que todos se comprometam a atuar de forma prudente”, insistiu.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e um mil mortos e mais de 37,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
C/Lusa