“As duas anteriores fases de desconfinamento parece que correram de facto bem. Obviamente há sempre imprevisibilidade no decorrer do surto”, disse António Lacerda Sales, na conferência de imprensa diária de atualização da informação referente à Covid-19, a doença provocada pelo novo Coronavírus.
O governante sublinhou que se deve “manter a mensagem de cautela e de prevenção” para que não se recue e não seja necessário “dar passos atrás”.
Questionado sobre como está a decorrer a segunda fase de desconfinamento, que começou a 17 de maio, o secretário de Estado afirmou que não se fazem “balanços a meio da epidemia, são sempre feitos no final”, uma vez que ainda se está na “fase de dar respostas”.
“Relativamente à avaliação que fazemos tem de ser ponderada, na próxima quinta-feira haverá uma nova reavaliação”, precisou.
Por sua vez, a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, destacou que a tendência em Portugal “é de facto para decrescer”, o que tem acontecido “consistentemente” desde a altura em que se atingiu o pico.
“A situação portuguesa neste momento, com as cautelas que temos tido sempre, aponta para que os novos casos, a incidência se esteja a reduzir, não estão a aumentar os internamentos, estão a reduzir muito os óbitos, estão aumentar os casos recuperados”, sustentou.
Graça Freitas disse também que o RT (número médio de contágios causados por cada pessoa infetada) se tem “mantido estável e com tendência até para diminuir”.
A Diretora-Geral da Saúde afirmou que os indicadores de monitorização apontam para uma situação favorável, no entanto “isso não pode descurar a atenção e muito menos as medidas”.
"O nosso princípio é sempre o da precaução, só quando a epidemia terminar é que podemos relaxar de alguma forma”, concluiu.