Num relatório divulgado em dezembro passado aquando da descoberta desta nova estirpe, o ECDC pediu aos países da União Europeia (UE) “esforços atempados” para a controlar, nomeadamente durante as festividades de final de ano, por esta variante se poder vir a tornar dominante no espaço europeu.
Desde então, “esse nosso receio só se tornou maior”, admite em entrevista à agência Lusa o especialista principal do ECDC para o novo coronavírus e gripe, Pasi Penttinen.
E acrescenta: “Penso que será muito difícil conter esta nova variante do vírus”.
O responsável justifica que esta “preocupação” se deve ao facto de a nova estirpe poder ser mais transmissível em até 70%.
“Sabemos que o vírus antigo já é difícil de controlar e que são necessárias medidas apertadas para o controlar e esta nova variante é ainda mais fácil de se propagar”, alerta.
Pasi Penttinen contextualiza que, nas últimas semanas, foram verificados muitos casos desta nova estirpe do novo coronavírus, mas a maioria dos quais com “alguma relação com o Reino Unido, ou seja, [foram] casos importados”.
Ainda assim, “esta poderá ser uma realidade noutros países, mas só não se sabe porque não se tem estudado as variações” do SARS-CoV-2, de acordo com Pasi Penttinen.
Dois dos países com mais casos da nova variante, até ao momento, são a Irlanda e a Dinamarca, onde a nova estirpe se “espalhou rapidamente”, com elevada transmissão local e não só importada, de acordo com o especialista.
C/LUSA