"Tudo deve ser feito do ponto de vista técnico para assegurar essas condições", afirmou António Costa, sublinhando que é necessário "exigir à ANAC que faça com a prontidão possível todos os estudos técnicos que permitam maximizar a capacidade de utilização do aeroporto, sem obviamente sacrificar esse bem maior que é a segurança aeronáutica".
O primeiro-ministro fez estas declarações no decurso do jantar comemorativo do Dia do Empresário Madeirense, um evento organizado pela Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF), onde a sua presidente, Cristina Pedra, aproveitou para alertar para os impactos negativos da inoperacionalidade do aeroporto no setor do turismo, devido ao facto de os limites de ventos serem mandatórios e não recomendados.
No primeiro semestre deste ano, 78 mil passageiros foram já afetados devido aos ventos fortes na zona o aeroporto, situação que António Costa teve em consideração no discurso.
"Desejamos que na próxima reunião [com a ANAC], marcada para junho, possamos avançar e obter respostas concretas que autorizem, do ponto de vista técnico, aquilo que é a vontade política", vincou, realçando que a operação no Aeroporto Internacional da Madeira é fundamental para sustentar a região.
O primeiro-ministro destacou, por outro lado, o trabalho desenvolvido pelos governos nacional e regional junto da União Europeia na defesa do Centro Internacional de Negócios da Madeira, considerando, no entanto, que nem todas as negociações com Bruxelas são fáceis.
"Não é uma negociação fácil e não é fácil antever o resultado final desta negociação, mas aquilo que é essencial é não temer as dificuldades e os desafios, mas pelo contrário saber unir esforços, unir forças e procurar defender aqueles que não são interesses exclusivos da Madeira, mas são interesses do conjunto da economia nacional", afirmou.
António Costa disse que o Governo da República e o Governo Regional têm sido "capazes de trabalhar em conjunto" e realçou que para manter e efetivar esta aproximação é "essencial" assegurar o princípio da continuidade territorial.
"Temos de prosseguir esta trajetória de resolução de problemas, um a um e no seu conjunto, de forma garantir o princípio da coesão nacional", disse.
C/ LUSA