Seis ambulâncias retiraram os corpos das vítimas em direção ao Egito, onde se esperava que fossem recebidos por representantes oficiais dos seus países, segundo Marwan Al-Hams, diretor do hospital Abu Youssef Al-Najjar, em Rafah.
Entre os trabalhadores humanitários estrangeiros contam-se três britânicos, um polaco, uma australiana e um americano-canadiano.
Uma sétima vítima palestiniana, o motorista e intérprete da equipa, foi enterrada em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Um ‘drone’ (aparelho não tripulado) israelita disparou três tiros na noite de segunda-feira contra uma caravana da WCK na cidade de Deir al-Balah, no centro do enclave palestiniano, apesar de os carros estarem claramente marcados com o logótipo da organização, segundo um relatório exclusivo publicado na terça-feira no diário israelita Haaretz.
O relatório preliminar do exército israelita, publicado hoje, conclui que o ataque ao comboio humanitário da WCK não tinha “intenção de prejudicar os trabalhadores humanitários” e deveu-se a um “erro de identificação”.
O chefe do Estado-Maior do exército israelita, Herzi Halevi, insistiu que uma “entidade independente investigará o incidente minuciosamente”, uma investigação mais completa que deverá estar concluída nos próximos dias, e prometeu que o exército “aprenderá com as suas conclusões, implementará medidas imediatas e partilhará essas conclusões com a WCK e outras organizações internacionais relevantes”.
Na sequência do ataque, a organização suspendeu as atividades no enclave palestiniano, que enfrenta um cenário de fome, devido à guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em curso há quase seis meses.
A instituição, fundada em 2010 pelo ‘chef’ espanhol (com cidadania norte-americana) José Andrés, é uma das duas organizações não-governamentais (ONG) ativamente envolvidas na entrega de ajuda a Gaza por via marítima a partir de Chipre.
O ataque contra os trabalhadores humanitários foi condenado, entre outras organizações e países, pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América, que exigiram que o incidente seja investigado.
Lusa