"Após intensas negociações, decidimos aprovar a proposta que foi submetida pelo Conselho de Administração. Recomendamos aos nossos acionistas que façam o mesmo", declarou o Presidente do Conselho, Karl-Ludwig Kley, citado num comunicado.
Os acionistas vão pronunciar-se sobre o acordo para uma ajuda estatal à companhia de 9 mil milhões de euros no próximo dia 25 de junho, numa assembleia-geral extraordinária que decorrerá por videoconferência, segundo o comunicado.
Na quarta-feira passada, o grupo aéreo alemão Lufthansa adiou a aprovação do plano de resgate negociado com o Governo alemão devido às condições estabelecidas pela Comissão Europeia.
Nesse dia, a Lufthansa informou que o Conselho de supervisão discutiu a aprovação do plano para atenuar as consequências na companhia da pandemia de Covid-19 e tomou nota das condições da Comissão Europeia, tendo considerado que debilitariam a sua função nos aeroportos de Frankfurt e Munique.
Mas, dois dias depois, na sexta-feira, foi anunciado que Berlim e Bruxelas chegaram a acordo sobre as principais condições para que a operação avance.
A Lufthansa deverá deixar mais espaço à concorrência nos dois principais aeroportos alemães, indicou na altura o grupo em comunicado, acrescentando que decidiu "aceitar as concessões", cuja "dimensão foi reduzida" em relação ao que tinha sido inicialmente proposto.
Há uma semana, a Lufthansa e o Governo alemão indicaram que chegaram a acordo sobre um plano de ajuda de 9 mil milhões de euros, com o Estado a tornar-se o primeiro acionista do grupo com 20% do capital.
O Estado, que regressa ao capital da companhia aérea após 20 anos de ausência, aprovou o plano através de um fundo de estabilidade económica do Governo federal (WSF), criado para atenuar as consequências da pandemia de Covid-19.
O acordo foi anunciado após longas negociações sobre a ajuda, que se destina a evitar a falência da transportadora, numa altura em que o setor aéreo atravessa uma grave crise.
C/Lusa