A Confraria Enogastronómica da Madeira foi uma das grandes impulsionadoras da criação da CONGROG, sendo uma das suas madrinhas da sua fundação a 1 de abril de 2008.
Ela foi constituída por um grupo de fabricantes e apreciadores do “verdadeiro grogue de Santo Antão” com o objectivo de defender, desenvolver, valorizar e promover a Gastronomia e Cultura de Santo Antão, em particular a produção e o consumo da aguardente genuína desta ilha, produzida a partir da cana de açúcar, o Grog.
O grog, é, de facto, um dos mais impressivos sinais culturais do arquipélago cabo verdiano, como a cachupa, ou a morna, sendo uma das mais tradicionais actividades, principalmente em Santo Antão, que tem, na Ribeira do Paul, os “trapiches” (a estrutura de destilação) mais característicos.
A produção de grog ocorre entre Fevereiro e Julho, começando com o corte da cana, que é, depois, espremida, repousando o líquido obtido durante 15 dias para fermentação, após o que é destilado. Como combustível, é usada a própria folha da cana, que também também é utilizada nos telhados das habitações, e a cinza é aplicada como adubo nas hortas.
Os confrades madeirenses aproveitaram a ocasião para estreitar laços com os confrades locais, promover o arquipélago madeirenses, adoçar os participantes com iguarias regionais, sem esquecer o convite para o XXIV Grande Capítulo da Confraria Enogastronómica da Madeira que irá ocorrer de 25 a 28 de abril de 2024, uma jornada de quatro dias de descoberta e vivência dos saberes e sabores regionais.