“Verificou-se uma diminuição no número de processos” em 2018, em comparação com o ano anterior, disse a governante madeirense na abertura de um evento que assinala no Teatro Municipal Baltazar Dias os 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança.
Augusta Aguiar apontou que “o volume global de processos desceu de 1.628 para 1.549”, o que representa menos 79 casos acompanhados pelas Comissões de Proteção Crianças e Jovens (CPCJ) no arquipélago.
Também mencionou que o maior volume processual se regista nas CPCJ dos concelhos do Funchal, Santa Cruz, Câmara de Lobos e Machico.
Quanto às principais problemáticas sinalizadas em 2018, nas tipologias de situações de perigo, Augusta Aguiar realçou que no topo da lista estão a “negligência” e os “comportamentos de perigo na infância e juventude” e que “o grupo etário com maior incidência foi o dos 15 aos 17 anos, seguido do grupo dos 11 aos 14 anos”.
A responsável indicou que, “à semelhança dos anteriores, os estabelecimentos de ensino assumem-se como a principal entidade sinalizadora” dos casos problemáticos.
“Conhecer a realidade ajuda-nos a encontrar os caminhos certos, nesse grande objetivo de criar um futuro risonho e feliz para as crianças e jovens da nossa região”, declarou.
Augusta Aguiar salientou a importância e o trabalho desenvolvido pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens da Madeira “na consciencialização e sensibilização que têm junto da população”.
“É com a prevenção que se despertam consciências, que se sensibiliza e motiva para a intervenção a favor de um futuro mais promissor para as crianças e jovens em risco”, realçou.
A governante madeirense assegurou que o Governo Regional “tudo fará para continuar a encontrar as respostas e políticas adequadas que reforcem a capacitação das famílias, das crianças e jovens, das entidades que desenvolvem a sua intervenção na área da infância e juventude, e da própria comunidade”.
Augusta Aguiar considerou que este é “um desafio conjunto de construção de um mundo mais feliz e seguro, que promova a melhoria e salvaguarda do bem-estar e qualidade de vida das atuais gerações e das gerações vindouras”.
A secretária regional participa ainda hoje, no concelho de Machico, no extremo leste da ilha da Madeira, numa iniciativa que assinala também os 16 anos da instalação da CPCJ naquele município.
C/Lusa