Centrado em “novas tecnologias, investigação e inovação”, o plano hoje anunciado engloba quatro áreas, com o objetivo de “percorrer todo o caminho da doença”: prevenção, deteção num estado inicial, diagnóstico e tratamento, e melhoria da qualidade de vida.
“A nossa preocupação geral é fornecer aos cidadãos acesso igual em toda a UE a tecnologias modernas de deteção e tratamento [de cancros], aos mesmos padrões elevados de cuidados, e a um apoio abrangente aos pacientes e às suas famílias. A luta daqueles que enfrentam o cancro, é também a nossa luta na Europa”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa curta mensagem vídeo publicada na rede social Twitter.
Para prevenir a ocorrência de cancros, o executivo comunitário propõe ações com o “objetivo de reduzir fatores de risco”, dando o exemplo do “consumo nocivo de álcool”, “poluição ambiental”, “o tabaco”, e apontando o objetivo de “assegurar que menos de 5% da população use tabaco até 2040”.
Com o objetivo de “eliminar os cancros do colo do útero ou outros cancros derivados do papilomavírus humano (HPV)”, a Comissão prevê também a administração da vacina HPV a “pelo menos 90% das raparigas” e a um número crescente de rapazes.
A deteção de doenças oncológicas num estado inicial tem também um lugar central no plano da Comissão, prevendo o executivo comunitário que, até 2025, seja oferecido o rastreamento de cancros na mama, do colo do útero ou do cólon a 90% da população europeia.
No que se refere aos pacientes diagnosticados com uma doença oncológica ou que estejam em tratamento, a Comissão quer lançar uma iniciativa intitulada ‘Diagnóstico de cancros e tratamento para todos’ até ao final do ano, para “ajudar a melhorar o acesso a diagnósticos e tratamentos inovadores”.
No mesmo âmbito, o executivo quer também assegurar que, até 2030, 90% dos “pacientes elegíveis” têm acesso a Centros Nacionais de Oncologia – que se coordenarão através da criação de uma nova rede europeia – para responder ao “acesso desigual a tratamentos de qualidade e a fármacos”.
C/Lusa