A JMJ decorre este ano em Lisboa, entre 01 e 06 de agosto, e a Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril vai associar-se ao evento desde o primeiro dia com um conjunto de visitas guiadas, foi hoje anunciado.
O objetivo, explica a comissão em comunicado, é convidar os milhares de peregrinos que vão estar durante aquela semana na capital para “descobrirem o momento fundador da democracia portuguesa”.
Entre os dias 01 e 04 de agosto, serão organizadas várias visitas guiadas ao Quartel do Carmo, onde se refugiou Marcello Caetano e se deu a sua rendição do regime do Estado Novo, depois de as forças comandadas pelo capitão Salgueiro Maia terem sitiado o local.
As seis sessões incluem também uma visita ao Museu da Guarda Nacional Republicana, instalado no Quartel do Carmo, e à exposição “A Paz é Possível. A Vigília da Capela do Rato e a contestação à Guerra Colonial”, no Palácio da Independência.
“Todos são bem-vindos a tomar como suas as comemorações, assumindo os 50 anos do 25 de Abril como seu património”, sublinha a comissária executiva, Maria Inácia Rezola, citada no comunicado, sublinhando que aquele evento deu início a um “processo que ultrapassa as fronteiras nacionais”.
Além das visitas guiadas, a Comissão Comemorativa vai promover também a exibição, no Cinema de São Jorge, do documentário da RTP “Um gesto de liberdade — ‘Guerra e Paz’ na Capela do Rato”, sobre o protesto pacífico que, em 1972, abalou a aliança entre a Igreja Católica e o Estado Novo.
Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa para a JMJ, com o Papa Francisco, de 01 a 06 de agosto.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, e no Parque Eduardo VII, no centro da capital.
Lusa