“Ia entrar dentro de casa e ouvi um estrondo muito forte. Imaginei logo que seria um helicóptero a cair no rio. Fui a correr para o rio e vi os destroços do helicóptero e vi o senhor a pedir-me ajuda”, começou por contar em declarações à RTP1.
“Senhor, ajude-me”, ouviu Alfredo Costa, um guarda prisional que estava de folga, que agora conta que o homem estava “dentro de água e a boiar”.
Segundo o que conta este guarda prisional, a distância era muito grande para que ele o socorresse e aconselhou o piloto a dirigir-se para as margens. Momentos mais tarde a vítima disse-lhe que “não aguentava mais”, numa zona onde o residente diz que existe muito lodo. Perante a situação, o guarda disse que entrou dentro de água e puxou o piloto para a borda.
“Não é fácil estar a puxar uma pessoa que não dá a mão. Doía-lhe muito as pernas. Tinha um osso a sair da perna”, contou, referindo que este “estava preocupado” com os colegas que seguiam com ele.
“Perguntei-lhe o que se tinha passado e ele disse: ‘Foram os comandos que prenderam'”, revelou, dizendo que depois apareceu a embarcação que com a ajuda de uma boia socorreu o piloto. Depois, a vítima esteve 20 minutos na margem do rio antes de seguir para o hospital, onde permanece internado.
De recordar que o helicóptero de combate a incêndios florestais caiu ao rio Douro, quando a equipa – um piloto e cinco militares – regressava de um fogo, na sexta-feira, no concelho de Baião.
Apenas o piloto da aeronave foi resgatado com vida, apresentando ferimentos ligeiros.