A garantia foi dada durante um passeio a pé na ponte José Antonio Páez, sobre o rio Araúca, que separa os dois países. Santos repetiu apelos ao povo colombiano para que os venezuelanos sejam “acolhidos generosamente".
Segundo estimativas das autoridades colombianas, todos os dias 35 mil venezuelanos cruzam a fronteira com a Colômbia por causa da crise que assola o país presidido por Nicolás Maduro. Muitos procuram remédios e bens essenciais, cada vez mais escassos na Venezuela, e grande parte procura estabelecer-se definitivamente na Colômbia.
Juan Manuel Santos presidiu no sábado na cidade de Araúca a um conselho de segurança, destinado a analisar “a situação da ordem pública” na Colômbia.
O Chefe de Estado aproveitou para avisar que os postos de controlo de entrada no país, que têm vindo a ser instalados nas zonas de fronteira pelas autoridades colombianas, destinam-se a manter a ordem.
“Estes postos dão ordem e controle. E isso beneficia nacionais e estrangeiros”, defendeu. Segundo dados oficiais, mais de três mil soldados e polícias colombianos vão estar envolvidos na fiscalização dos 2.219 quilómetros de fronteira entre os dois países.
Entre as medidas adotadas pelo Governo colombiano para controlar a migração ilegal conta-se a suspensão de emissões dos chamados Cartões de Mobilidade Fronteiriça, usadas pelos moradores de regiões fronteiriças para cruzar os limites do país.
Foi ainda criado o Grupo Especial Migratório (GEM), para “reforçar o controle e a segurança” nas fronteiras e “garantir o respeito do espaço público”.
Como parte das novas medidas, o Governo colombiano emitirá um documento que permitirá aos venezuelanos o acesso a determinados serviços públicos.
O Governo da Colômbia tinha já anunciado a abertura de abrigos temporários, destinados a acolher os venezuelanos que todos os dias cruzam a fronteira entre os dois países para fugirem à crise financeira na Venezuela.
O primeiro abrigo começou a funcionar esta semana na cidade fronteiriça de Cucuta, em capacidade para dar abrigo durante 48 horas a 120 pessoas por dia e é gerido pela Cruz Vermelha. Mulheres grávidas, idosos e menores que entrem legalmente na Colômbia terão prioridade no acolhimento.
LUSA