Esta ideia é mais forte entre a população com menos de 18 anos, 70 por cento da qual a afirma, mas também se reflete na maioria das pessoas com mais de 60 anos, 58% das quais concordam que é urgente agir para travar as alterações climáticas.
Com diferenças geográficas quando às medidas mais eficazes, as ideias mais consensuais sobre o que é preciso fazer na ação climática são a conservação das florestas e solos, apoiada por 54% dos inquiridos, e a aposta nas energias renováveis como a solar e eólica (53%), de uma lista de 18 medidas sugeridas no inquérito, ‘Voto Climático Popular’, que é hoje divulgado.
O apoio à conservação das florestas e solo manifestou-se fortemente em vários países nos quais essa área é a que mais contribui para as emissões, como Brasil (60%), Indonésia (57%) e Argentina (57%).
Outras ideias fortes são a aplicação de técnicas agrícolas que favoreçam o clima (apoiada por 52% das pessoas que responderam ao inquérito) e mais investimento e criação de emprego em indústrias que não contribuam para as emissões de gases com efeito de estufa.
A maior percentagem de apoio (74%) à ideia de emergência climática veio dos países que mais têm a perder com as alterações climáticas e às suas consequências, como o aumento do nível dos oceanos: os pequenos estados insulares em desenvolvimento.
Nos países com rendimentos mais altos, 72% das pessoas defendeu que o clima é uma emergência, nos países de rendimentos médios a percentagem foi 62% e nos países menos desenvolvidos 58%.
Em quase todos os países mais desenvolvidos, os inquiridos defenderam mais investimento em empregos e negócios “verdes”, sobretudo Reino Unido (73% dos inquiridos), na Alemanha, Austrália e Canadá (68%), África do Sul (65%), Itália (64%), Japão (59%) e Estados Unidos (57%).
C/Lusa