O serviço de cirurgia de ambulatório do Serviço Regional de Saúde da Madeira (Sesaram) vai estar a funcionar em pleno dentro de três meses, disse ontem o secretário regional da tutela.
"É um processo que vai rapidamente ser concretizado durante os próximos três meses e funcionar em pleno", afirmou Pedro Ramos aos jornalistas após uma reunião com o Sindicato dos Enfermeiros da Madeira, no Funchal.
O governante adiantou que têm decorrido reuniões com o conselho de administração do Sesaram e a empresa responsável pelas obras, salientando que chegaram "a um compromisso que permite rapidamente começar a funcionar com a cirurgia de ambulatório e dar oportunidade às especialidades cirúrgicas de aumentarem a sua produtividade e melhorarem os seus indicadores".
Pedro Ramos apontou que "a maior percentagem em termos de atividade cirúrgica vai ser feita no âmbito do ambulatório", o que vai permitir diminuir as listas de espera.
"A evolução da lista de espera cirúrgica foi objeto de profunda reflexão nos últimos seis meses e foi requalificada e redefinida. Passámos de um número assustador (19.500) para um número mais aceitável e setorizado em três vertentes: a cirurgia de ambulatório (6900), a convencional (9000) e a pequena cirurgia (1000)", argumentou.
Segundo o Governo Regional, foi já conseguida uma redução em várias especialidades cirúrgicas, como a oftalmologia, dermatologia, urologia e neurocirurgia.
Falando sobre a falta de enfermeiros no serviço de saúde do arquipélago, o secretário sublinhou que, em 2016, foram contratados 153 profissionais e foi promovida a harmonização salarial. Ainda assim, admitiu, "o número não é o ideal atualmente".
O executivo madeirense mantém o propósito "executável" de atingir o reforço de "quatro centenas" destes profissionais no serviço de saúde do arquipélago.
No Sesaram trabalham cerca de 5000 profissionais de várias áreas.
Lusa