Importante parceiro diplomático e económico de Moscovo, Pequim recusou, até à data, condenar claramente a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse na quarta-feira que a posição da China em relação à Rússia ameaça a sua “integração” na economia global.
“A China reafirmou recentemente o seu relacionamento especial com a Rússia. Espero que a China faça algo positivo com esse relacionamento e ajude a terminar esta guerra", disse Yellen.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China expressou hoje a sua insatisfação com aquelas declarações.
“Estamos a fazer grandes esforços para aliviar a situação, resolver a crise e restaurar a paz”, disse Zhao Lijian, porta-voz da diplomacia chinesa.
Zhao pediu que não se “distorça a posição” de Pequim.
“A soberania da Ucrânia deve ser preservada. As preocupações legítimas de segurança da Rússia também devem ser respeitadas", defendeu.
Pequim concorda com Moscovo, quando este considera que a expansão da NATO ajudou a desencadear a guerra na Ucrânia.
A posição da China em relação à Rússia contrasta com a do Ocidente, que condenou fortemente a operação militar na Ucrânia e impôs sanções contra a economia e os líderes russos.
“Nós opomo-nos a acusações e suspeitas injustificadas contra a China", disse Zhao Lijian. “O tempo vai acabar por provar que a China está do lado certo da História”, afirmou.
Os Estados Unidos dizem estar preocupados com a potencial ajuda militar chinesa ao exército russo ou a possibilidade de Pequim ajudar Moscovo a contornar as sanções ocidentais.
A China pediu no início de abril aos países ocidentais que não “superestimem” o seu papel.
Lusa