Um casal partiu esta semana de Bristol com destino à Madeira e 15 horas depois estavam de volta ao mesmo aeroporto de onde tinham partido.
A viagem de avião até à Madeira iria demorar apenas três horas e quarenta minutos, mas a realidade foi bem diferente para Paul e Ana Davies, de 71 e 60 anos respetivamente. Os ventos fortes no aeroporto da Madeira trocarm os planos do casal.
A história é contada na primeira pessoa ao jornal britânico Mirror. O voo da easyJet de Bristol com destino à Madeira foi um dos que viu a aterragem ser cancelada, na segunda-feira, devido às condições meteorológicas adversas.
"Quando estávamos a aproximar-nos da ilha, o comandante disse que devido aos ventos fortes não íamos conseguir aterrar. Desviámo-nos para Lisboa, mas quando lá chegámos disseram-nos que não podíamos sair do avião", relata Paul Davis ao jornal britânico. "Depois de hora e meia disseram que as condições tinham melhorado e que por isso íamos voltar, para tentar aterrar novamente", recorda o britânico.
Mas a situação no aeroporto da Madeira não tinha melhorado "Voltámos à Madeira, demos várias voltas e o comandante disse que as condições tinham piorado novamente e que os oito aviões que estavam à nossa frente não conseguiam aterrar", lembra Paul. De acordo com a previsão meteorológica, foram informados que não ia ser possível aterrar no aeroporto da Madeira.
Informaram depois aos passageiros que o avião tinha de ir ao Porto e foi-lhes perguntado se queriam ficar lá em vez de regressar a casa. Perto de 40 pessoas optaram por ficar na cidade portuguesa.
Paul e a mulher ficaram no grupo de passageiros que preferiu regressar ao Reino Unido. "Estivemos a viajar durante 15 horas sem ir a absolutamente lado nenhum. Eles fizeram tudo o que puderam. Disseram que vamos receber o reembolso total do voo e do alojamento", afirma Paul Davies ao Mirror.
A easyJet emitiu posteriormente um pedido de desculpas e revelou que os passageiros iriam ser reembolsados.
"Foi uma experiência incrível. Fizemos pouco mais de seis mil quilómetros e nem chegamos às nossas férias. Ao percorrer seis mil quilómetros, podemos chegar à costa oeste dos EUA", constata Paul Davies.