“É um evento com vista a promover a literatura na cidade, no âmbito da candidatura do Funchal a Capital Europeia da Cultura em 2027, assumindo como objetivos apoiar os livreiros, editores e alfarrábios do concelho, na comercialização dos seus livros”, afirmou o presidente da Câmara do Funchal.
Na informação divulgada, Miguel Silva Gouveia realça que este é “um ano atípico, marcado pelo adiamento da Feira do Livro do Funchal”, que esteve programada entre os dias 22 e 31 de maio.
Também salienta ser necessário “refletir sobre a importância dos direitos da criança, na semana em que se assinala internacionalmente a convenção sobre este tema”, pelo que o evento vai dar atenção "a temáticas infantojuvenis”.
Esta semana da literatura terá como palco a Praça Município, alertando o autarca que irão ser observadas “as medidas de segurança, tendo já sido autorizada pelo Instituto de Administração da Saúde da Madeira (IASaúde)” a sua realização.
A iniciativa decorrerá em dois pavilhões distintos que terão controle e desinfeção à entrada, refere a nota camarária, assegurando que a Câmara do Funchal vai cumprir “escrupulosamente todas as normas definidas pela Autoridade de Saúde, de forma a salvaguardar a segurança dos participantes e dos visitantes.
Anuncia também que “parte do programa será transmitido através das redes sociais da CMF, devido à limitação de pessoas que poderão assistir".
O programa “Direitos e Livros” conta com a participação de 18 livreiros e, “durante o certame, irão decorrer ainda várias apresentações e lançamentos de livros, tendo seis deles sido editados ou apoiados pela Câmara Municipal do Funchal, num investimento que ascendeu a 23 mil euros”, destaca a autarquia.
No entender de Miguel Silva Gouveia, este evento “constitui um contributo claro para o fomento da criação literária no concelho, preservando, enriquecendo e divulgando o património bibliográfico regional, também através da publicação de obras que ajudem a diversificar a oferta cultural”.
A programação inclui o lançamento da obra “Coleção Baltazar Dias: Eugénia Rego Pereira”, com a coordenação de Luisa Paolinelli, Cristina Trindade, Claudia Neves e Carlos Barradas.
Também está previsto o lançamento do livro “Tchiloli Unlimited”, com a participação de José Eduardo Agualusa, René Tavares, Ana Nolasco e Ângelo Torres e de duas revistas que resultam de uma colaboração entre a Universidade da Madeira e a Câmara Municipal do Funchal, intituladas “Pensar Diverso e a “Translocal”.
“Num ano particularmente difícil que estamos a viver, devemos aproveitar todas as oportunidades para ajudar a economia local, porque os comerciantes do Funchal têm feito um enorme esforço ao longo dos últimos meses para manter as portas abertas, cumprindo todas as exigências de segurança, e não podem ser esquecidos neste momento”, vincou.
Miguel Silva Gouveia sustentou que “o dever da edilidade é fazer tudo o que estiver ao seu alcance no sentido de manter uma programação cultural na rua, que apoie as vendas em tempo de crise.”
“Este evento deixa bem patente a aposta da CMF na diversificação de manifestações culturais na cidade mesmo em tempo de crise, e vai ajudar a criar alicerces para a missão que nos une a todos, que é a candidatura do Funchal a Capital Europeia da Cultura em 2027”, concluiu.
C/Lusa