A Câmara do Funchal manifestou ao Governo da República a sua disponibilidade para ajudar no combate aos incêndios e apoiar as pessoas afetadas pelos incêndios que se registam desde domingo no território nacional.
Na informação hoje divulgada, a principal autarquia da Região Autónoma da Madeira manifesta o seu "profundo pesar pelas vítimas mortais dos incêndios que estão desde domingo a afetar a zona Norte e Centro do país, com especial incidência nos distritos de Coimbra, Aveiro, Castelo Branco e Viseu, naquele que foi considerado o pior dia de fogos florestais do ano, segundo a Autoridade Nacional da Proteção Civil".
No mesmo documento, o município do Funchal liderado por Paulo Cafôfo acrescenta que "já manifestou ao primeiro-ministro, António Costa, e à ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, a disponibilidade da autarquia para ajudar a combater os incêndios e para apoiar as comunidades afetadas em tudo aquilo que estiver ao seu alcance e que, de hoje em diante, se considere mais premente e adequado".
A Câmara Municipal salienta que "o Funchal sabe o que é estar nesta situação e não esquece a solidariedade que sempre foi demonstrada à cidade nessas horas".
Ainda realça que "o luto e a solidariedade estendem-se a todos os feridos e a todas as famílias afetadas de forma fatídica, em mais um episódio de uma tragédia de proporções nacionais".
No comunicado, a autarquia considera que o combate aos incêndios "deve ser um desígnio de todo o país, exigindo ação, dedicação e disponibilidade totais da parte das entidades públicas e privadas, no sentido de encontrar soluções reais para este problema grave e estrutural".
O município funchalense deixa também "uma palavra de apreço a todos quantos estão no terreno a combater heroicamente estes fogos, reiterando que o seu esforço é o esforço de todo um país, e que é dever de cada um de nós tomar iniciativa e reconhecer-lhes isso".
A autarquia conclui com "um bem-haja e muita força a todos os bombeiros portugueses".
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.
LUSA