Questionado na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, sobre casos de vacinação fora da lista de prioritários em Portugal, o responsável disse que estes procedimentos são “acompanhados por todos e com grande interesse, também no âmbito do comité de segurança sanitária”, um grupo consultivo informal presidido pela Comissão Europeia e composto por representantes de todos os Estados-membros, que coordena as respostas nacionais a ameaças graves para a saúde ao nível comunitário.
Em Portugal, o Ministério Público já abriu inquéritos em relação a casos que envolvem o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de Lisboa e do Porto, a Segurança Social de Setúbal e outras instituições onde há indícios de irregularidades na vacinação contra a covid-19, nomeadamente de pessoas que não faziam parte das listagens de casos prioritários.
Na quarta-feira, o coordenador do grupo de trabalho responsável pelo Plano de Vacinação contra a covid-19, Francisco Ramos, demitiu-se, alegando ter descoberto anomalias na vacinação de profissionais no Hospital da Cruz Vermelha, de cuja comissão executiva é presidente.
Já hoje, o PSD entregou no parlamento um projeto de lei que autonomiza o crime de “vacinação indevida”, propondo a punição com pena de prisão até três anos ou multa.