A maior economia da América Latina seguiu uma tendência de ajustamento fiscal no primeiro trimestre de 2022, após ter atingido níveis recorde de dívida, acima de 90% do PIB, e um défice próximo dos 14% em 2020, em resultado da pandemia.
A dívida pública já encerrou 2021 a 80,3% e situa-se agora em 78,5%, após três meses de quedas sucessivas.
Por outro lado, o défice público nominal, que inclui o resultado do setor público primário e o pagamento de juros da dívida, caiu 0,24 pontos percentuais entre fevereiro e março, na comparação anual, para 3,15% do PIB.
Isto foi possível graças ao facto do Brasil ter registado um excedente primário em março, que inclui as contas dos governos federal, regional e municipal e algumas empresas públicas, mas excluindo juros, de 4,3 mil milhões de reais (cerca de 800 milhões de euros).
Os dados fiscais de março foram divulgados hoje devido a uma greve dos funcionários do Banco Central que está a atrasar a divulgação de algumas das estatísticas macroeconómicas do país.
A economia brasileira está a registar uma ligeira recuperação económica depois de ter caído 3,9% em 2020 e de ter recuperado 4,6% em 2021.
Para este ano, o mercado financeiro prevê um crescimento de 0,70%, pesando a inflação elevada, a subida das taxas de juro e o cenário internacional instável.