“Os benefícios da utilização da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca mantêm-se superiores ao risco, não havendo qualquer alteração às recomendações sobre a sua utilização”, adiantou o regulador português, depois de vários países suspenderem um lote desse medicamento, devido a receios de uma eventual ligação à formação de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.
Os resultados preliminares “sugerem não existir uma relação causal entre a administração desta vacina e estes eventos”, adiantou o Infarmed em comunicado, ao assegurar que, em conjunto com a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês), continuará a acompanhar a situação e a atualizar a informação quando necessário.
A posição do Infarmed surge depois de a Agência Europeia EMA ter assegurado que, por enquanto, não existem provas de um aumento de risco de coagulação sanguínea em pessoas vacinadas contra a covid-19.
“As informações disponíveis até ao momento indicam que o número de tromboembolias em pessoas vacinadas não é superior ao observado em toda a população”, referiu a EMA numa nota enviada à agência noticiosa France-Presse.
A Áustria anunciou no domingo ter interrompido a administração de um lote de vacinas produzidas pelo laboratório anglo-sueco após a morte de uma enfermeira de 49 anos que sucumbiu a "sérios problemas de coagulação" poucos dias depois de ter recebido a vacina.
Estónia, Lituânia, Letónia e Luxemburgo suspenderam depois a vacinação com doses provenientes do mesmo lote, entregue em 17 países e que incluía um milhão de vacinas. Entretanto, Dinamarca, Islândia e Noruega anunciaram hoje a suspensão do uso da vacina AstraZeneca, apesar de, na quarta-feira, um inquérito preliminar da EMA sublinhar que não existia qualquer relação entre a vacina deste laboratório e a morte ocorrida na Áustria.
C/Lusa