O instrumento foi um dos três selecionados pela agência espacial norte-americana (NASA) para a missão Artemis III, prevista para setembro 2026 e com que os Estados Unidos pretendem regressar à superfície da Lua, com a primeira mulher e o primeiro negro, depois da última alunagem de astronautas, todos homens, em 1972.
A região escolhida para a alunagem da Artemis III será o polo sul, onde haverá água gelada.
Uma vez instalados nessa região, os instrumentos científicos vão recolher dados sobre o ambiente e o interior lunar e sobre como será possível suportar a presença humana de longa duração na Lua, permitindo à NASA preparar-se para o envio de astronautas para Marte.
Um dos instrumentos, segundo um comunicado da NASA, será o primeiro do género a observar a fotossíntese das plantas, o crescimento e as respostas ao ‘stress’ causados pela radiação e gravidade lunares.
De acordo com a NASA, os dados de crescimento e desenvolvimento das plantas, a par dos parâmetros ambientais medidos pelo instrumento, irão ajudar os cientistas a compreenderem o uso de plantas cultivadas na Lua para a alimentação humana e o suporte de vida na sua superfície e em Marte.
A bordo da Artemis III seguirá também um conjunto de sismómetros para monitorizar o ambiente sísmico no polo sul lunar e caracterizar a sua estrutura geológica, em particular a crosta e o manto.
Um terceiro instrumento irá medir a capacidade de os rególitos (detritos rochosos) propagarem um campo elétrico, um parâmetro-chave para a procura de voláteis lunares, especialmente gelo.
Para setembro de 2025 está previsto o regresso de astronautas à órbita da Lua, no âmbito da missão Artemis II.
Lusa