“A Altice Portugal repudia as acusações de que foi alvo por parte de um representante do PCP e reafirma que não há qualquer processo de despedimentos em Portugal Continental e Ilhas, mais concretamente na Região Autónoma da Madeira”, diz a empresa num esclarecimento distribuído à imprensa.
Na sexta-feira, o coordenador regional do PCP da Madeira, Edgar Silva, criticou o que classificou de “lei da selva” em vigor na Meo/Altice na região, uma situação que permitiu o despedimento de 29 trabalhadores do ‘call center’.
Edgar Silva também exigiu a intervenção do Governo Regional para salvaguardar os direitos destes funcionários, considerando existir “exploração, discriminação e formas de perseguição aos trabalhadores e às trabalhadoras da MEO/ATICE”.
Hoje, no esclarecimento, a empresa diz que esta censura constitui uma “falsa critica apenas com objetivo mediático, o que coloca em causa empresas que todos os dias criam valor, que pagam os seus salários a tempo e horas, que investem e atingem objetivos inéditos dignificando o país”.
No mesmo documento, acrescenta que a crítica do dirigente comunista atinge também os “colaboradores destas empresas que se dedicam e esforçam e que são um dos responsáveis pelo sucesso empresarial, não merecem um tratamento irresponsável que consideramos totalmente lamentável e pouco digno”.
Ainda recorda que, em maio deste ano, o presidente executivo da Altice Portugal, “reiterou perante vários deputados de todos os grupos parlamentares [Assembleia da República] que não houve despedimentos na empresa nos últimos 3 anos e meio”.
Este responsável atestou igualmente não haver “perspetiva de qualquer movimento futuro nesse sentido” e lançou o “repto a cada um dos presentes para indicar o número de qualquer colaborador que tivesse sido despedido”, o qual não obteve resposta até o momento.
A Altice Portugal aponta que embora os seus colaboradores não tenham “vínculo direto nos ‘call center’ na Madeira, tem vindo a fazer crescer os recursos nestes centros, que atualmente rondam os 280, com a integração de 34 novos recursos desde maio deste ano”.
A empresa sublinha que este cenário “reflete a aposta no crescimento constante deste site”, mencionando que as operações na área dos centros de atendimento tem “vindo a crescer”.
Acrescenta que este aumento “é visível na política de descentralização que a empresa tem vindo a seguir, consolidando a sua intervenção no desenvolvimento económico do país, nas suas diferentes regiões, bem como na formação e na criação de emprego”.
“Para a Altice Portugal é clara e inequívoca a aposta nos trabalhadores e no compromisso com a empregabilidade, a gestão responsável de Recursos Humanos e a visão estratégica para o negócio em que opera”, afirma a empresa no esclarecimento.
Conclui que “símbolo disso foi a recente assinatura, no passado mês de julho, do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), um entendimento inédito no que respeita a matérias laborais, com todas as estruturas sindicais que representam os trabalhadores da Altice Portugal”.
LUSA