As alterações climáticas vão causar mais 250 mil mortos todos os anos entre 2030 e 2050 em todo o mundo, devido a má nutrição, malária e outras doenças ou golpes de calor, estima a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Se "continuar a crescer ao ritmo atual", sob o efeito da emissão de gases com efeito de estufa, o aquecimento global deverá ultrapassar esta barreira entre 2030 e 2052, alertou o relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC).
Limitar o aquecimento a 1,5ºC pode impedir, por exemplo, a extinção de espécies e a destruição total do coral, fundamental para o ecossistema marinho. Pode ainda reduzir a subida do mar em 10 centímetros até 2100 e salvar áreas costeiras.
Por outro lado, exceder esse limite irá provocar chuvas torrenciais ou secas profundas, o que terá um impacto negativo na produção de alimentos, especialmente em áreas sensíveis como o Mediterrâneo ou América Latina.
Também irá afetar a saúde, o abastecimento de água e o crescimento económico, com um impacto especialmente negativo nas populações mais pobres e vulneráveis do planeta, referiu o texto, que tem seis mil referências científicas e é assinado por 91 especialistas de 40 países.
Para que a meta seja alcançada, é urgente um consumo de energia mais eficiente, uma agricultura mais sustentável e menos extensiva, ou mais terras para o cultivo de recursos energéticos.
LUSA