O presidente do Governo Regional da Madeira disse ontem que a operação ‘charter’ da TAP para estudantes madeirenses no continente passarem o Natal com os pais "foi um remedeio" e admitiu a necessidade de "uma solução de fundo".
Algumas dezenas de estudantes a estudarem no continente aproveitaram ontem um voo ‘charter’ extraordinário da TAP para virem passar o Natal e o Fim de Ano na Madeira.
"Esta operação concretizou-se, foi um remedeio que veio dar alegria a um conjunto de famílias que têm os seus pequenos a estudar no continente, mas o que precisamos é de uma solução de fundo", disse Miguel Albuquerque.
O presidente do Governo Regional adiantou que está já constituído um grupo de trabalho para, em 60 dias, apresentar soluções para que os estudantes e famílias, em alturas de pico como o verão, Natal e Fim de Ano, não tenham que pagar "preços especulativos".
Diogo Alves, estudante de engenharia na Academia Militar, disse à comunicação social que seria "impossível" vir passar o Natal com a família se não tivesse havido esta solução ‘charter’.
"Não tinha orçamento para vir, esta foi uma boa iniciativa, deu muito jeito", acrescentou.
Raquel Dias, estudante de enfermagem em Évora, considerou também que "se não fosse assim não tinha conseguido" ir à Madeira no Natal.
Andreia Nóbrega, a tirar mestrado em Ciência, corrobora a opinião de Raquel: "foi muito giro, não estava à espera e sem isto não passaria o fim de ano na Madeira".
Apesar das viagens aéreas entre a Madeira e o continente, ao abrigo do subsídio de mobilidade, custarem 65 euros nas épocas de ponta, porém, chegam a atingir os 600 euros, sendo os estudantes reembolsado até ao teto de 400 euros e o remanescente fica por sua conta.
LUSA