A Al-Qaida divulgou as imagens através do seu canal mediático, Sahab Media, intitulado "Jerusalém nunca será judaizada", onde Al Zawahiri aparece vestido com uma túnica e uma longa barba branca, falando mais de uma hora sobre uma ampla variedade de tópicos, em especial a causa palestina.
A organização terrorista divulgou o vídeo quando sobem de tom os rumores sobre a saúde precária ou mesmo a possível morte do seu líder, que, segundo relatórios do Conselho de Segurança da ONU, está "algures" entre o Afeganistão e o Paquistão.
No entanto, o vídeo não apresenta pormenores sobre a data da sua gravação, embora o próprio Zawahiri se refira à retirada das tropas americanas do Afeganistão.
“Hoje (os Estados Unidos) estão a sair do Afeganistão, destruídos e derrotados após vinte anos de guerra”, diz Al Zawahiri no vídeo, olhando para a câmara.
O líder da Al-Qaida também aproveitou para pedir uma "guerra" na qual "o mundo inteiro é o campo de batalha", já que "exaurir um inimigo equipado com as armas mais recentes não requer enormes recursos".
O vídeo também inclui trechos de textos que dizem que "a ‘jihad’ é um esforço vitalício no Afeganistão, na Palestina, nas Filipinas e onde quer que existam tiranos, déspotas e opressores".
Após a morte do fundador da Al-Qaida, o saudita Osama bin Laden, assassinado numa operação em Abbotabad (Paquistão), Al Zawahiri assumiu o comando da organização, que está reduzida a uma rede com muitos ramos, mas sem uma liderança central, fragilizada pelas perdas sucessivas dos seus comandantes e pela alegada doença do egípcio.