O porta-voz da OIM, Paul Dillon, revelou hoje que a Matriz de Rastreamento de Deslocamento da OIM registou, esta manhã, 3.361 pessoas deslocadas internamente, o equivalente a “672 famílias”, desde que os ataques armados em Palma começaram, na quarta-feira.
“Chegam a pé, de autocarro, de avião e de barco, desde Palma para Ullongwe, Mueda, bairros de Montepuez e também da cidade de Pemba”, acrescentou Paul Dillon, numa conferência nas instalações da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, Suíça.
O porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke, considerou que a situação em Palma é “um horror absoluto”, que causará a deslocação de outras “milhares de pessoas” pelo país inteiro, “em direção à fronteira com a Tanzânia”.
“O que aconteceu em Palma é um horror absoluto sendo infligido contra civis por um grupo armado não estatal. Isso é o que posso dizer. Fizeram coisas horríveis e continuam a fazê-las", considerou Jens Laerke.
O representante do OCHA declarou que hoje ainda se registaram “confrontos esporádicos contínuos” e espera-se que “milhares de outras pessoas saiam do distrito, de Palma para outras áreas do país e em direção à fronteira com a Tanzânia”.
As Nações Unidas têm diversas equipas médicas e de ajuda humanitária no país, para apoiar os feridos e os mais necessitados.
C/Lusa