O vice-presidente do Governo dos Açores, Artur Lima, disse hoje que o executivo não irá abdicar de manter as “regras apertadas nos lares de idosos”, uma vez que ainda não existem “condições de segurança” devido à covid-19.
“Não abdico para já de manter as regras apertadas nos lares de idosos e o seu confinamento para proteção do seu bem maior que é a sua vida”, declarou Artur Lima, que também tutela a Solidariedade Social.
O governante falava hoje na comissão permanente de Assuntos Sociais da Assembleia Regional, a propósito de um projeto de resolução do PS que recomenda ao executivo açoriano de coligação PSD/CDS-PP/PPM a implementação de medidas de apoio às famílias.
Antes da intervenção de Artur Lima, a deputada do PS Célia Pereira já tinha alertado para as consequências da pandemia de covid-19 na saúde mental dos idosos.
“Os idosos estão confinados há cerca de um ano com visitas muito restritas e contactos menos assíduos com os familiares e isso está a provocar um impacto muito grande na vida dessas pessoas, que estão isoladas, confinadas”, afirmou a socialista.
Em resposta, o vice-presidente destacou que o executivo açoriano é “sensível” às questões da saúde mental dos idosos, dando como exemplo a permissão de visitas aos lares no período do Natal.
“Naturalmente que um idoso que está confinado há praticamente um ano é uma coisa terrível, é terrível para o idoso e é terrível para a sua família e tanto que o governo foi sensível a isso que no Natal, sendo uma época mais de afetos familiares, permitimos as vistas a lares”, declarou.
Artur Lima reconheceu que “a saúde mental é muito preocupante”, mas ressalvou que “a vida está acima” dessa premissa e que “ainda não há condições de segurança” devido à pandemia de covid-19.
C/Lusa